sábado, 6 julho, 2024

Paraná tem 76 cidades com risco de desastres ambientais

Em todo o Brasil são 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terra, alagamentos, enxurradas e inundações

Data:

Com o aumento das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, os casos de desastres ambientais ou climáticos cresceu exponencialmente em todo o mundo. Nesta semana, a tragédia no Rio Grande do Sul completou 20 dias.

Segundo boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (18), o número de mortos devido às enchentes e alagamentos subiu para 155. Segundo o monitoramento, 77 mil pessoas estão em abrigos, 806 estão feridas e 94 estão desaparecidas. O número total de pessoas atingidas passa de 2 milhões.

Parte da tragédia que atingiu mais de 440 municípios gaúchos foi causada pela ação do homem, que construiu em locais onde não deveria construir, em áreas de alagamento, e não fez as manutenções corretas nos diques de contenção e nas barreiras anti-alagamento. O apontamento foi feito pelo professor Roberto Reis, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), para a Agência Brasil.

Segundo um estudo coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, em todo o Brasil são 1.942 municípios suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terra, alagamentos, enxurradas e inundações.

No Paraná, 76 cidades tem risco de desastre ambiental conforme a pesquisa. O CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) acompanha, atualmente, 36 municípios paranaenses com registro de acidentes, decorrentes “de movimentos de massa (deslizamentos de encosta, corridas de massa, solapamentos de margens/terras caídas, queda/rolamento de blocos rochosos e processos erosivos) e/ou decorrentes de processos hidrológicos (inundações, enxurradas, grandes alagamentos)”.

O estudo do governo federal aponta a urbanização rápida e desordenada como uma das causas desses fenômenos. “Assim como a segregação sócio-territorial, têm levado as populações mais carentes a ocuparem locais inadequados, sujeitos a inundações, deslizamentos de terra e outras ameaças correlatas. Essas áreas são habitadas, de forma geral, por comunidades de baixa renda e têm poucos recursos para se adaptarem ou se recuperarem dos impactos desses eventos, tornando-as mais vulneráveis a tais processos”, aponta o documento.

Em 2023, alguns desastres naturais foram registrados no Paraná. Entre eles, a inundação das cidades de União da Vitória, Rio Negro e São Mateus do Sul, quando 13 mil pessoas foram afetadas. Na época, o Rio Iguaçu ultrapassou os 8 metros. Já em 2022, um deslizamento de terra na BR-376, na Serra do Mar, deixou duas pessoas mortas e outras 14 feridas. O incidente foi registrado em novembro, quando a rodovia ficou 10 dias interditada.

Confira abaixo as cidades do Paraná com risco de desastre ambiental

Municípios acompanhados pelo CEMADEN:

NúmeroCidadeEstado
1Almirante TamandaréPR
2AntoninaPR
3ApucaranaPR
4BorrazópolisPR
5CambaráPR
6Campina Grande do SulPR
7Campo LargoPR
8Campo MagroPR
9CantagaloPR
10Capitão Leônidas MarquesPR
11Cerro AzulPR
12ColomboPR
13CuritibaPR
14Fazenda Rio GrandePR
15Foz do IguaçuPR
16Francisco BeltrãoPR
17General CarneiroPR
18GuaraniaçuPR
19ItaperuçuPR
20IvatéPR
21JaguapitãPR
22JaguariaívaPR
23MorretesPR
24ParanaguáPR
25Pato BrancoPR
26PinhaisPR
27PiraquaraPR
28Querência do NortePR
29Rio Branco do SulPR
30Rio NegroPR
31São José dos PinhaisPR
32São Mateus do SulPR
33São Miguel do IguaçuPR
34Tuneiras do OestePR
35UmuaramaPR
36União da VitóriaPR

Cidades monitoradas no estudo do Governo Federal:

NúmeroCidadeEstado
1Almirante TamandaréPR
2Altamira do ParanáPR
3Alto PiquiriPR
4AntoninaPR
5ApucaranaPR
6AraucáriaPR
7BandeirantesPR
8BarracãoPR
9BiturunaPR
10BorrazópolisPR
11CambaráPR
12Campina Grande do SulPR
13Campo LargoPR
14Campo MagroPR
15CantagaloPR
16Capitão Leônidas MarquesPR
17Cerro AzulPR
18ChopinzinhoPR
19ColomboPR
20Cruz MachadoPR
21CuritibaPR
22Dois VizinhosPR
23Fazenda Rio GrandePR
24Foz do IguaçuPR
25General CarneiroPR
26GuaraniaçuPR
27GuaraqueçabaPR
28GuaratubaPR
29IbiporãPR
30ImbituvaPR
31IratiPR
32IretamaPR
33ItaperuçuPR
34IvaíPR
35IvatéPR
36JacarezinhoPR
37JaguapitãPR
38JaguariaívaPR
39JataizinhoPR
40Laranjeiras do SulPR
41LondrinaPR
42MalletPR
43ManfrinópolisPR
44Maria HelenaPR
45MarquinhoPR
46MedianeiraPR
47MorretesPR
48Nova LaranjeirasPR
49ParanaguáPR
50ParanavaíPR
51Pato BrancoPR
52Paula FreitasPR
53PinhaisPR
54Piraí do SulPR
55PiraquaraPR
56PitangaPR
57Porto AmazonasPR
58Porto VitóriaPR
59PrudentópolisPR
60Querência do NortePR
61QuitandinhaPR
62RebouçasPR
63ReservaPR
64Rio Brando do SulPR
65Rio NegroPR
66RolândiaPR
67Santo Antônio da PlatinaPR
68Santo Antônio do SudoestePR
69São José de Boa VistaPR
70São Mateus do SulPR
71São Miguel do IguaçuPR
72SengésPR
73SulinaPR
74Tuneiras do OestePR
75UmuaramaPR
76União da VitóriaPR

O levantamento ainda identificou os desastres ambientais no Brasil entre 1991 e 2022, quando foram registrados 23.611 eventos, 3.890 óbitos e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados decorrentes de inundações, enxurradas e deslizamentos de terra. O estado brasileiro com maior número de pessoas em situação de risco é São Paulo, seguido por Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Conforme o estudo (clique aqui para ler na íntegra) a atualização anual dos dados, a ampliação do monitoramento e sistemas de alertas para risco relativos a inundações, e a divulgação dessas informações para as instituições e órgãos competentes são algumas das recomendações para minimizar os danos de desastres ambientais futuros.

“Diante dos desastres ocorridos que causaram tantas perdas humanas, desabrigados e desalojados, além de incontáveis danos materiais e de degradação ao meio ambiente, é fundamental promover ações governamentais coordenadas voltadas à gestão de riscos e prevenção de desastres”, diz a conclusão do estudo.

Principais ameaças naturais

Conforme o CEMADEN, não é possível evitar que ameaças naturais, como chuva e tempestade, aconteçam, mas podemos minimizar seus impactos. “No Brasil, a maioria das ameaças naturais com risco de desastre está relacionada a fatores climáticos. Geralmente, nos períodos chuvosos acontecem as inundações e os movimentos de massa, assim como, durante a seca, aumentam os riscos de estiagem, secas hídricas e incêndios.”

As principais ameaças naturais são deslizamento de terra, enxurrada, inundação, tornados e tromba d’água e secas. Você pode conferir todos os detalhes clicando aqui.

* com informações de Paraná Portal

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